A intenção de Damares Alves foi transmitida a Jair Bolsonaro. A informação é avançada por vários orgãos de comunicação social brasileiros mas a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos diz que foi mal entendida.
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Damares Alves era quase uma desconhecida quando Bolsonaro a escolheu para o Governo. Pastora evangélica, tem sido um dos elementos mais polémicos do Executivo.
Militante ativa contra o aborto, rejeita que o tema seja encarado como uma questão de saúde pública, apesar de milhares de mulheres morrerem anualmente no Brasil por causa de interrupções ilegais de gravidez. A ministra é também contra os direitos LGBTI, tendo anunciado no inicio de funções que, no Brasil, "os meninos vestem de azul e as meninas de rosa".
Na Internet, é possível encontrar vídeos em que Damares Alves defende que "a ideologia de género é uma violência exercida sobre as crianças do Brasil", e acusa os ativistas - "estão desconstruindo a identidade biológica" delas. Em sites especializados para o público evangélico, a pastora também é citada com frequência, denunciando o que considera ser uma "guerra contra a família" promovida nas escolas brasileiras.
A última polémica aconteceu no mês passado, quando afirmou que "a mulher deve ser submissa ao homem no casamento".
Damares Alves já recebeu várias ameaças de morte que a obrigaram a sair de casa, em Brasília, e passar a viver num hotel não identificado. Os serviços de segurança, que a acompanham 24 horas por dia, decidiram que a agenda da ministra não é divulgada com antecedência.
Esta sexta-feira, a imprensa brasileira garante que ele esteve reunida com o Presidente para falar do futuro e comunicou-lhe que não tem condições físicas ou mentais para continuar no cargo. Bolsonaro não foi sensível aos argumentos: "Vai sair mas daqui a quatro anos". A pastora evangélica prometeu que fica no cargo até estar concluída a revisão das principais páginas do Ministério, mas no limite sai do Governo em dezembro.
Há minutos a ministra confirmou as ameaças de morte que tem recebido mas garantiu que não pretende deixar o governo. Damares Alves diz que foi mal entendida.