Amianto e cicatrizes de guerra. Obras no Big Ben podem custar 95 milhões de euros
O Parlamento britânico admite que a torre onde se insere o relógio mais famoso do mundo está muito degradada.
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Os carrilhões estão silenciosos desde 2017 e provavelmente assim continuarão por mais algum tempo. O Parlamento Britânico chegou à conclusão que reparar o famoso Big Ben custará muito mais do que inicialmente estava pensado e poderá atingir os 95 milhões de euros, mais 22 milhões do que o previsto.
Na análise feita às obras necessárias, descobriu-se que a Elizabeth Tower, onde está inserido o icónico relógio, tem danos avultados causados ainda pela Segunda Guerra Mundial, pela poluição e igualmente pelo amianto que contém.
O porta voz da Comissão que está a avaliar o projeto considerou a situação " muito frustrante",no entanto os esforços para levar a torre ao "seu esplendor inicial" continuam ativos e, oficialmente, a reparação do Big Ben deverá fazer-se em 2021.
Construída em estilo gótico, e terminada em 1856, a Torre tem sofrido constante degradação e está já inclinada 46 centímetros em relação à vertical.
O silêncio do Big Ben foi particularmente notado e alvo de protestos quando os seus carrilhões não tocaram no último mês para assinalar a saída do Reino Unido da União Europeia.