O grupo de «amigos do povo sírio» reúne-se hoje, em Marraquexe, pela primeira vez desde a unificação da oposição numa coligação, que deve aproveitar a reunião para consagrar a sua legitimidade.
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No encontro em Marrocos, os países árabes e ocidentais membros do grupo deverão ainda discutir o reforço da ajuda humanitária à Síria numa altura em que se aproxima o inverno e a situação no terreno se torna dramática.
No plano político, trata-se de «apoiar a coligação nacional» que «reúne personalidades, grupos muito abrangentes da oposição» e constitui «um interlocutor muito credível», explicou na terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, Saad Eddine El-Othmani.
O grupo de amigos do povo sírio reúne mais de uma centena de países árabes e ocidentais, organizações internacionais e representantes da oposição síria.
A reunião de Marraquexe é a quarta a nível ministerial.
A oposição síria formou no passado dia 11 de novembro uma coligação que países como a França e o Reino Unido reconheceram como único representante do povo sírio.
«Agora que há uma nova oposição formada, vamos fazer o que pudermos para a apoiar», disse a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que tinha previsto deslocar-se a Marraquexe, mas na segunda-feira à noite anunciou o cancelamento da deslocação devido a um «vírus gástrico».
A comunidade internacional tem estado profundamente dividida quanto ao conflito na Síria. A Rússia e a China bloquearam as resoluções apresentadas no Conselho de Segurança da ONU a condenar o regime de Damasco.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, já morreram mais de 42 mil pessoas devido à guerra civil no país.