Amnistia denuncia mais de 500 detenções no Bahrein e apela à intervenção ocidental
Mais de 500 pessoas, na sua maioria xiitas, foram detidas nas últimas semanas no Bahrein, afirmou esta quinta-feira a Amnistia Internacional, em comunicado, segundo a AFP.
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A organização, sediada em Londres, apelou aos aliados ocidentais do reino que ctuem de forma firme, face a esta «degradação» da situação dos direitos do homem.
«Mais de 500 pessoas foram detidas em Março. A vasta maioria delas é xiita (...). Em quase todos os casos, passadas semanas da detenção, o seu destino é desconhecido», anunciou a organização.
O Bahrein, um pequeno reino árabe, governado por uma dinastia sunita, conheceu entre meados de Fevereiro e meados de Março manifestações inéditas a favor de reformas políticas, essencialmente promovidas por xiitas, que são maioritários na população.
Os protestos acabaram depois de os países do Golfo terem enviado para o reino uma força militar comum.
«Os governos da América do Norte e da Europa, que defenderam recentemente a causa dos direitos do Homem na Líbia, na Tunísia e no Egipto, devem também exprimir-se com força sobre o que se passa no Bahrein», sustenta a directora do departamento Magreb e Médio Oriente na Amnistia.
O Bahrein abriga o comando da V Frota naval dos Estados Unidos.