Em 2011 havia 18.700 pessoas no corredor da morte, 676 acabaram por morrer vítimas da pena capital, que ainda é aplicada em 10 por cento dos países em todo o mundo.
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Os países que aplicam a pena de morte diminuíram mais de um terço na última década. Apesar disso, o ano passado terminou com números que a Aministia Internacional considera alarmantes.
No relatório "Pena de Morte em 2001", a organização diz que das 18.700 pessoas que estavam no corredor da morte pelo menos 676 foram executadas.
A maioria na China. O regime de Pequim continua número um na aplicação da pena de morte, executou mais pessoas do que o conjunto dos restantes países do mundo.
No Médio Oriente, o cenário não é melhor, o número de execuções aumentou mais de 50 por cento do que em 2010. O ano passado terminou com 149 pessoas condenadas à pena capital. Arábia Saudita, Irão e Iraque foram os países que mais contribuíram para esta subida na região.
Quanto ao tipo de crimes que resultaram numa execução são variados, vão desde o adultério e sodomia no Irão, à blasfémia no Paquistão, à feitiçaria na Arábia Saudita, ao tráfico de ossos humanos na república do Congo, ou crimes relacionados com droga em mais de uma dezena de países.
Para a Amnistia Internacional, na maioria dos casos, a condenação à morte foi o culminar de processos que não decorreram de acordo com os padrões internacionais de um julgamento justo, já que a confissão foi obtida sob tortura ou outro tipo de coacção.
O relatório da Aministia Internacional, sobre a pena de morte, mostra, ainda, que dez por cento dos países em todo o mundo, cerca de vinte, ainda aplicam a pena capital. Os Estados Unidos mantêm-se entre os primeiros lugares, mesmo com menos condenações. Do Japão chegam boas notícias. Pela primeira vez não foi registada qualquer execução.