A Amnistia Internacional denunciou que a polícia das Filipinas abusa fisicamente de alguns prisioneiros por mera diversão num jogo de «roleta» e criticou a «lamentável falta de controlo sobre as forças de segurança do país».
Corpo do artigo
Num comunicado emitido hoje, a organização instou o Presidente filipino, Benigno Aquino, a intervir para acabar com os abusos que se cometem numa sala secreta situada nas instalações da polícia.
«Que os agentes da polícia usem a tortura "para divertir-se" é desprezível. São atos aberrantes», disse a porta-voz da AI, Hazel Galang-Folli.
«A suspensão dos agentes não é suficiente. Os polícias que cometeram irregularidades e os seus superiores devem prestar contas perante os tribunais», acrescentou.
A "roleta da tortura" foi descoberta pela Comissão para os Direitos Humanos (CHR) das Filipinas durante uma visita de rotina a uma das instalações policiais.
No seu relatório, a Comissão referiu que os oficiais tinham uma lista das diferentes posições de tortura ou «consequências de tortura» que escolhiam depois de girar uma roleta.
Depois da investigação da CHR, 10 polícias foram afastados dos seus cargos.