O responsável da Amnistia Internacional Portugal considera que este é "um passo muito significativo e muito importante", mas lembra que o processo "não acabou".
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Pedro Neto recebeu a notícia da ordem de libertação dos 17 ativistas angolanos "com muita alegria". "Saudamos o coletivo de juízes do Supremo por esta decisão, e ao que parece, unânime", disse o responsável à agência Lusa, considerando que a decisão representa "um avanço grande no processo" e "um passo muito significativo e muito importante".
Pedro Neto explicou que ainda está a tentar perceber os contornos desta libertação, referindo que os ativistas deverão ficar sujeitos a termo de identidade e residência.
Para a Amnistia Internacional Portugal o processo "não acabou". "Continuamos a insistir na liberdade incondicional, porque este julgamento não fez sentido e eles não são culpados de nada e é por isso que nos bateremos", garantiu Pedro Neto.
O diretor executivo da organização recordou que na semana passada, num encontro promovido em Lisboa pela organização, viu a filha de um dos ativistas presos.
"Assim que recebi esta notícia, lembrei-me da criança e que provavelmente em breve vai poder abraçar o pai. E é por isso que nos batemos", sublinhou.