Duas explosões provocaram pelo menos 135 mortos e cerca de 5 mil feridos, segundo o último balanço feito pelas autoridades libanesas.
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A Amnistia Internacional defendeu esta quarta-feira uma "investigação internacional" independente às causas das duas explosões que abalaram terça-feira o porto de Beirute e pediu à comunidade internacional para "aumentar urgentemente a ajuda humanitária ao Líbano".
As duas explosões provocaram pelo menos 135 mortos e cerca de 5 mil feridos, segundo o último balanço feito pelas autoridades libanesas.
"O que quer que tenha causado as explosões, incluindo a possibilidade de uma grande quantidade de nitrato de amónio armazenado de maneira insegura, a Amnistia Internacional apela à ativação imediata de um mecanismo internacional para investigar como isso aconteceu", afirmou esta quarta-feira a secretário-geral da organização não-governamental (ONG), Julie Verhaar, em comunicado.
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No documento, Verhaar salientou as "cenas horríveis após as explosões para um país que já está a sofrer o stress de várias crises" e apelou ao papel humanitário da comunidade internacional.
"A Amnistia Internacional apela também à comunidade internacional para aumentar urgentemente a ajuda humanitária ao Líbano, num momento em que o país já lutava com uma grave crise económica, bem como a pandemia de Covid-19", finalizou.
Até 300 mil pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.
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O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou esta quarta-feira uma mensagem ao seu homólogo libanês, Michel Aoun, expressando "condolências aos familiares das vítimas mortais e desejos de rápidas melhoras a todos os feridos, bem como a sua solidariedade a todo o povo libanês".
Também o Governo português expressou solidariedade com o Líbano e o seu povo, adiantando que participará no plano de apoio da União Europeia.
As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.
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O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.
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