Amnistia Internacional Portugal congratula-se com fim da greve de fome de Luaty Beirão
Ouvida pela TSF, a diretor executiva da secção portuguesa da Amnistia Internacional sublinha a boa notícia, salientando o facto de este protesto "não ter tido um custo humano".
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A diretora executiva da Amnistia Internacional Portugal, Teresa Pina, congratulou-se esta terça-feira com o anúncio do fim da greve de fome do ativista angolano Luaty Beirão, que considerou ter sido "um ato de bravura e coragem".
O 'rapper' e ativista angolano, que está internado sob detenção numa clínica de Luanda, terminou a greve de fome de protesto contra a sua prisão preventiva ao fim de 36 dias.
Ouvida pela TSF, a representante da secção portuguesa da Amnistia Internacional classificou o fim da greve de fome como uma "boa notícia", pois não houve "um custo humano".
Teresa Pina diz que o organismo chegou a temer o pior mas sublinha que Luaty Beirão conseguiu sobreviver ao protesto. No entender da presidente da AI Portugal, com o fim da greve de fome evitou-se a deterioração da situação.
Na quarta-feira, a organização vai ser recebida na embaixada de Angola em Lisboa, onde irá apresentar as suas mesmas preocupações e entregar uma petição, com cerca de 40 mil assinaturas, para a libertação dos ativistas angolanos detidos.
Até segunda-feira, Luaty Beirão cumpriu 36 dias em greve de fome, protestando contra o que dizia ser o excesso da prisão preventiva e exigindo aguardar julgamento em liberdade, como prevê a lei angolana.
O músico e ativista, que também tem nacionalidade portuguesa, é um dos 15 ativistas angolanos em prisão preventiva desde junho, sob acusação de atos preparatórios para uma rebelião em Angola e um atentado contra o Presidente da República.
O início do julgamento, que envolve outras duas arguidas em liberdade provisória, está agendado para 16 de novembro, no Tribunal de Cacuaco, nos arredores de Luanda.