A eurodeputada Ana Gomes frisou, em declarações à TSF, que conseguir um governo interino na Líbia exige tempo e mostrou-se satisfeita com a realidade que encontrou no país.
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«Mais do que uma convergência ideológica, há necessidade de haver uma representação geográfica em que todos se sintam representados», defendeu a eurodeputada, que chegou esta segunda-feira à Líbia, onde vai permanecer até ao final da semana na qualidade de relatora do Parlamento Europeu para aquele país.
Simultaneamente, acrescentou, é preciso «encontrar as pessoas mais capazes para as tarefas que têm pela frente».
«Entre ter um governo o mais rapidamente possível ou ter um governo mais representativo embora demorando mais uns dias, os líbios preferiram demorar mais uns dias e isso é parte desse processo de crescimento democrático», explicou, lembrando que os líbios têm de aprender a viver em democracia, porque nunca o fizeram.
Esta segunda-feira, Ana Gomes esteve reunida com alguns elementos do Conselho Nacional de Transição (CNT) e visitou uma zona próxima de Tripoli.
«A segurança e as tarefas básicas estão a ser asseguradas pela população que se organizou para a recolha de lixo, para piquetes de segurança. Por exemplo, as escolas primárias abriram há dois dias por todo o país. É muito interessante que este desenvolvimento esteja a dar-se sem que o país tenha ainda um governo interino», observou.
A eurodeputada socialista disse ainda não acreditar que haja na Líbia um risco de radicalização islâmica.