São as primeiras eleições autonómicas que vão servir de "tubo de ensaio" para que partidos emergentes como o Podemos ou o Ciudadanos mostrem o que valem nas urnas e se têm força para alterar o bipartidarismo que se mantém entre PSOE e PP.
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Foram os "Populares" que ganharam as últimas eleições na Andaluzia sem maioria absoluta, mas acabaram por ser os socialistas, que tinham menos um ponto percentual, a fazer uma coligação de governo com os comunistas da Isquierda Unida (IU). Coligação que fracassou levando à antecipação de eleições.
Susana Diaz, a candidata do PSOE pede maioria absoluta. No entanto, há 33 anos consecutivos no poder na Andaluzia, os socialistas têm no seu currículo vários casos de corrupção e um desemprego a atingir os 34 %, mais 10 pontos percentuais do que a média espanhola, que já por si é elevada.
Por isso, as sondagens têm-lhes dado a vitória, sim, mas sem uma maioria que lhes permita governar a sós.
O Podemos, que tem surgido em terceiro lugar nas sondagens, a seguir ao PP, seria o candidato natural para a uma coligação, não fora a socialista Susana Diaz ter afirmado que com o Podemos nunca fará alianças.
Durante a campanha eleitoral, todos os líderes políticos dos diferentes Partidos passaram pela Andaluzia mais do que uma vez.
Mariano Rajoy, por exemplo, empenhou-se ao máximo, deslocando-se por cinco vezes à Andaluzia. O chefe de governo espanhol sabe que se os socialistas ganharem e o Podemos obtiver muitos lugares no Parlamento regional, poderá significar que vêm aí tempos difíceis para o PP até às eleições gerais, no final do ano.
Será um "cartão vermelho" dos eleitores à austeridade e um novo fôlego tanto para o Podemos quanto para o PSOE. Talvez por isso, Mariano Rajoy tenha vindo à Andaluzia prometer o que os andaluzes sabem que será quase impossível de alcançar: A criação de um milhão de empregos. Quanto aos socialistas, acenam com a baixa de impostos.
Os cerca de seis milhões e meio de eleitores andaluzes vão dizer o que querem este domingo.