Perante o comité de supervisão do Congresso norte-americano, Michael Cohen afirmou que Trump aproveitou-se de informação de que dispunha a propósito de emails que o site Wikileaks iria divulgar sobre Hillary Clinton durante a campanha presidencial.
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O antigo advogado pessoal de Donald Trump acusou, esta quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos de ser "racista", "vigarista" e "batoteiro" e de se ter aproveitado de informação privilegiada que tinha sobre emails que o Wikileaks ia divulgar sobre a sua rival na corrida à Casa Branca, Hillary Clinton.
Além disso e apesar do Presidente norte-americano ter dito publicamente que não tinha interesses comerciais na Rússia, Michael Cohen afirmou também, perante o comité de supervisão do Congresso, que Donald Trump dirigiu as negociações para um projeto imobiliário, em Moscovo, durante as presidenciais. E para que não haja dúvidas, Cohen promete entregar documentos que provam as suas acusações contra Trump sobre a ingerência russa na campanha eleitoral de 2016.
Michael Cohen foi condenado a três anos de prisão por vários crimes, entre os quais o facto de ter mentido ao Congresso, por financiamento ilegal da campanha do atual Presidente norte-americano e por evasão fiscal.
O advogado já tinha confessado que tinha mentido ao Congresso dos EUA no processo de investigação de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, admitindo que fez declarações falsas ao comité de inteligência do Senado sobre um negócio envolvendo propriedades de Donald Trump, na Rússia.
Cohen justificou as suas mentiras sobre o negócio na Rússia dizendo que o fez para "ser consistente" com "a mensagem política" de Donald Trump.
Donald Trump reagiu, pouco depois, dizendo que Cohen é uma "pessoa fraca", que está a mentir para conseguir uma redução de pena.
A confissão em causa faz parte de um acordo judicial que Michael Cohen prepara com o procurador especial, Robert Mueller, no âmbito das investigações de alegada interferência russa durante as eleições presidenciais de 2016.
Michael Cohen foi advogado e conselheiro de Donald Trump durante mais de uma década e é considerado uma das mais importantes figuras neste processo de investigação, juntamente com Paul Manafort, antigo diretor de campanha de Trump, que também fez um acordo de confissão com Robert Mueller.
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