O máximo ditador argentino do último regime militar na Argentina, Jorge Rafael Videla, e mais 29 antigos militares serão julgados, esta quarta-feira, por crimes contra a humanidade.
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O principal responsável pelo mais sangrento regime militar da América do Sul, o ex-general Jorge Videla, de 85 anos, deve ser condenado a prisão perpétua esta quarta-feira.
Até agora todos os altos comandos militares da ditadura argentina foram condenados por crimes contra a humanidade.
Videla deu um golpe militar em 1976 e governou a Argentina até 1981. Segundo as associações de Direitos Humanos, cerca de 30 mil pessoas foram assassinadas em apenas sete anos de regime militar.
Horas antes do veredicto, Videla disse estar pronto para assumir a condenação como mais um serviço que presta a Deus e à Pátria.
Jorge Videla, que falou esta terça-feira pela primeira vez em 25 anos, justificou o golpe militar afirmando que o país vivia uma guerra interna de terroristas contra as instituições.
Em alusão ao actual governo de Cristina Kirchner, concluiu que a sentença será uma revanche politica daqueles que foram derrotados e que estão actualmente no poder.
Jorge Videla já tinha sido condenado há 25 anos, mas recebeu um indulto em 1990. Oito anos depois, passou a viver sob regime de prisão domiciliária acusado de, no período da ditadura, participar no plano de roubo sistemático de bebés que nasciam em cativeiro e na tortura dos pais.