A União Europeia manifestou a sua solidariedade para com Moçambique e mostra-se disponível para reforçar ajuda.
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O tema foi tratado ao mais alto nível esta manhã, em Bruxelas, na sequência da reunião do chefe do governo português, com a senhora Alta Representante para a Política Externa, Federica Mogherini, a propósito de Moçambique.
"Hoje, o Conselho Europeu expressou a sua profunda solidariedade e condolências pelas perdas de vidas humanas e destruição causadas pelo ciclone Idai em Moçambique, mas também no Maláui e no Zimbabué", anunciou o primeiro-ministro no final da reunião.
António Costa congratulou-se por "até ao momento", não haver vítimas entre os portugueses. "Neste momento, vários dos portugueses que não tinham sido localizados, nos dias anteriores, têm posteriormente vindo a ser localizados e, até este momento, não há a confirmação de qualquer vítima mortal, entre os portugueses", disse o primeiro-ministro, remetendo para levantamento feito pelo "secretário de estado da Cooperação Portuguesa que está em Moçambique".
Sobre a ajuda europeia, António Costa disse que começará a chegar à medida que for sendo necessária, já que agora "está a ser feito um levantamento das necessidades no terreno. E, em função dessas necessidades no terreno, serão disponibilizadas as verbas, que sejam ajustadas em função das necessidades".
Bruxelas anunciou, esta sexta-feira, que "a pedido de Moçambique, o Mecanismo de Proteção Civil da UE foi ativado para ajudar as pessoas afetadas pelo impacto devastador do ciclone Idai".
O Comissário para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides quis garantir que "Moçambique não está sozinho nestes tempos difíceis. [E], mais apoio da UE está a caminho".
"Estamos a trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, para fornecer bens essenciais e salvar vidas. Estamos também a enviar peritos humanitários da UE às áreas afectadas para coordenar a nossa assistência", disse o comissário, tendo agradecido aos Estados-Membros "pelo seu generoso apoio".
"Numa reação imediata, o Centro de Coordenação de Resposta a Emergências da Comissão já recebeu ofertas de assistência da Alemanha, Dinamarca, Luxemburgo, Espanha, Itália, Portugal e Reino Unido através do Mecanismo", lê-se numa nota divulgada pela Comissão Europeia.
A assistência oferecida inclui "equipamentos de purificação de água, equipes médicas de emergência, equipamentos para tendas e abrigos, kits de higiene, alimentos e colchões e telecomunicações por satélite para trabalhadores humanitários no local".
Além disso, uma equipa de 10 especialistas de sete Estados-Membros, como "Alemanha, Finlândia, Países Baixos, Portugal, Roménia, Suécia e Eslovénia", será enviada para Moçambique para "ajudar na logística e aconselhamento".
Bruxelas refere que a assistência adicional junta-se aos 3,5 milhões de euros para ajuda humanitária da UE já anunciados no início desta semana para Moçambique, Malawi e Zimbabué, bem como € 250.000 concedidos a Moçambique e às Sociedades da Cruz Vermelha do Maláui.
Os serviços de mapeamento por satélite Copernicus da UE estão também a ser utilizados para ajudar as autoridades locais que trabalham no terreno. Fotografias e imagens de vídeo do Centro de Coordenação de Resposta de Emergência, bem como um vídeo do programa Copernicus da UE e uma ficha informativa sobre o centro de emergência da UE estão disponíveis online.