Líderes das instituições da UE destacam Papa Francisco como uma referência global, com impacto político e moral para lá da Igreja Católica
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As principais figuras das instituições europeias reagiram esta segunda-feira à morte do Papa Francisco, destacando o impacto global da liderança do seu pontificado, marcado pela defesa de causas como a justiça social, da paz e dos mais vulneráveis.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, declarou juntar-se ao luto de “muitos milhões em todo o mundo que choram a morte de Sua Santidade o Papa Francisco”. Numa curta nota pública, Costa destacou o “profundo sentimento de compaixão” do Papa e a atenção que dedicou aos “grandes desafios globais do nosso tempo — migrações, alterações climáticas, desigualdades, paz — assim como às lutas quotidianas de cada pessoa”.
Recordando ainda a última mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz, António Costa destacou “três medidas para que possa haver uma mudança duradoura”, como “o perdão da dívida internacional, a abolição da pena de morte e a reorientação dos fundos militares para o combate à fome”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu-se ao Papa Francisco como alguém que “inspirou milhões, muito para lá da Igreja Católica, com a sua humildade e com um amor tão puro pelos mais desfavorecidos”.
“O mundo chora a morte do Papa Francisco”, lamentou Von der Leyen, esperando que “o legado do Papa Francisco continue a guiar a todos rumo a um mundo mais justo, mais pacífico e com mais compaixão”.
Ainda nas reações dos líderes institucionais em Bruxelas, a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola declarou que “a Europa está de luto” e “chora a morte de Sua Santidade o Papa Francisco”.
Num comunicado publicado nas redes sociais, Metsola lembrou “o sorriso contagiante” do pontífice e descreveu-o como “o Papa do Povo”, elogiando “o amor à vida, a esperança na paz e a compaixão pela igualdade e pela justiça social”.
O Papa Francisco morreu esta segunda-feira, aos 88 anos. Jorge Mario Bergoglio foi nomeado Papa em 2013, tornando-se o primeiro jesuíta e o primeiro sul-americano a liderar a Igreja Católica.