O Presidente eleito do Conselho Europeu espera que o voto dos eurodeputados sobre Von der Leyen “resulte numa maioria que funcione”
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António Costa admitiu, esta terça-feira, o seu apoio a Von der Leyen, mas não esclareceu se a razão da visita a Estrasburgo, onde se encontra, e ao grupo dos Socialistas e Democratas (S&D), tem como propósito apelar à aprovação do compromisso político para os cargos de topo na União Europeia.
António Costa afirmou que o encontro é, principalmente, uma visita de cortesia. “Vim saudar o grupo socialista, visto que fui eleito presidente do Conselho Europeu nessa qualidade”, afirmou numa curta declaração aos jornalistas, depois de uma reunião com a presidente do Parlamento Europeu, que hoje foi reconduzida no cargo com mais de 90 por cento dos votos dos eurodeputados.
“Vim felicitar a presidente Metsola pela sua eleição, aliás, com um resultado histórico e muito claro”, afirmou António Costa, antes de se dirigir para a reunião com o grupo S&D.
António Costa admitiu que o propósito da deslocação a Estrasburgo é também dizer à família política a que pertence que apoia o compromisso político para os cargos de topo na União Europeia.
“Obviamente, [venho] manifestar o meu apoio à eleição da presidente Ursula von der Leyen, na próxima quinta-feira, e desejar que tudo corra pelo melhor, para podermos ter aqui uma maioria que funcione ao serviço dos cidadãos e da Europa”, admitiu o presidente eleito do Conselho Europeu.
António Costa falava antes da reunião com o grupo S&D, que conta com 136 deputados na nova legislatura e terá uma palavra decisiva na eleição de Von der Leyen, na próxima quinta-feira, depois do apoio do grupo dos Liberais (Renew), com 77 deputados, e do Partido Popular Europeu, que conta com 188 deputados.
Aritmeticamente, as três famílias políticas que fazem parte do compromisso para os cargos de topo, garantem a maioria absoluta, necessária para a eleição. No entanto, nos corredores do Parlamento Europeu admite-se que pode haver surpresas, tendo em conta que o voto é secreto e os eurodeputados não estão obrigados a seguir a orientação do seu grupo político.