Ao décimo dia de resgate faltam 18 metros e muitas horas de trabalho para chegar a Julen
É impossível prever quanto tempo mais vão levar as operações de resgate em Málaga.
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Depois das dificuldades técnicas desta terça-feira, os trabalhos para resgatar o menino de dois anos que caiu num poço em Málaga voltam a avançar.
Ao décimo dia de operações, já foram escavados 42 metros de profundidade do túnel paralelo ao poço onde caiu Julen. A Brigada de Resgate dos Mineiros de Hunosa tem trabalhado sem descanso e conta o El Mundo que "os melhores especialistas do país" estão no terreno para ajudar.
Esta terça-feira a cavidade teve de ser alargada, o que atrasou os trabalhos. Tudo por causa de um erro de cálculo: o túnel era demasiado estreito para as equipas conseguirem encaixar os tubos metálicos de revestimento.
Quando o buraco de 60 metros estiver concluído, os operários têm que eliminar as irregularidades das paredes e entubar o túnel. Só depois a brigada de salvamento poderá descer e escavar, à mão, uma galeria horizontal de quatro metros para ligação ao poço onde calcula estar Julen.
São precisas pelo menos 24 horas para a escavação do túnel horizontal, acrescidas ao tempo necessário para terminar o túnel paralelo, impossível de prever.
Estava previsto que a primeira perfuração demorasse 15 horas, mas arrastou-se por mais de 55 devido à dureza do terreno, após o que se deveria ter colocado o entubamento entre cinco a seis horas e a retirada de terras entre duas a três horas.
As operações revestem-se de enorme complexidade. O acesso ao buraco com 110 metros de profundidade e 25 de diâmetro caiu era praticamente inacessível e as tentativas para extrair terra do poço com máquinas de sucção pesada falharam.
A solução foi escavar um túnel paralelo com 60 metros de profundidade, seguido de um túnel horizontal com quatro para chegar ao fundo túnel onde Julen caiu.
A família viu Julen cair no poço destinado durante um passeio e ainda o ouviu chorar, mas desde aí a criança não deu sinais de vida.