
Yves Herman/Reuters
Barcelona parece ter reagido com indiferença ao discurso de Carles Puigdemont.
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O presidente deposto da Generalitat falou, em Bruxelas, para esclarecer que não foi pedir asilo político. Mas, também falou a "todos os que ocuparam os colégios", procurando transmitir uma mensagem de confiança.
"A pessoas que salvaram as escolas no 1 de outubro, tenho a certeza, que salvarão também as nossas instituições", disse Puigdemont. Mas, nas ruas de Barcelona reinava uma indiferença, pelo menos aparente.
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Maria, uma motorista de táxi, transportava um cliente durante as declarações de Carles Puigdemont e podia ter escutado pela rádio. Mas "não foi possível".
"O senhor que levava [no banco] de trás não o queria ouvir. Por isso eu não consegui ouvi-lo", disse esta catalã, sem esconder um certo apoio à independência da Catalunha. "Eu queria tê-lo escutado, mas não pude", lamentou.
Mas, há quem considere que as palavras de Puigdemont já pouco importam e o interesse sobre a controversa conferência de imprensa de Bruxelas seja meramente "relativo".
"Já não é o nosso presidente por isso não me importa muito o que possa dizer", disse uma funcionária pública, durante uma breve caminhada, pela praça do poder, a Praça Sant Jaume, na pausa do almoço.
Mais de 24 horas, do presidente deposto sair da Catalunha, José ainda é o espelho de um desinteresse de parte da população. Sabe apenas do paradeiro daquele que ainda considera presidente... "da república catalã".
"Está na Bélgica, mas a fazer o quê?" questiona este reformado que chegou a acreditar que seria desta, que a Catalunha se tornava independente, mas agora olha para o futuro com muitas interrogações.
"Porque não está ele aqui? Ele tinha de estar aqui na Catalunha, porque é o presidente da república catalã, não?", disse.