Após sondagem, Musk vai demitir-se de CEO do Twitter quando encontrar substituto "parvo o suficiente"
O bilionário garante que assim que encontrar um substituto irá "apenas gerir as equipas de software e servidores".
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Elon Musk afirmou, esta quarta-feira, que vai demitir-se do cargo de CEO do Twitter assim que encontrar "alguém parvo o suficiente" para o substituir.
O bilionário lançou uma sondagem em que perguntou aos utilizadores da rede social se queriam que continuasse à frente da empresa e disse que abandonaria o cargo se essa fosse a vontade da maioria. De acordo com os resultados da sondagem, dez milhões de pessoas (57%) estão a favor da sua demissão.
"Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém parvo o suficiente para aceitar o cargo! Depois disso, apenas irei gerir as equipas de software e servidores", escreveu Elon Musk na rede social Twitter.
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Na terça-feira, Musk anunciou que, nas próximas sondagens relacionadas com o Twitter, apenas os utilizadores que paguem contas certificadas poderão votar.
A assinatura paga nesta rede social chama-se Twitter Blue e permite a qualquer pessoa comprar o símbolo azul para ter a conta verificada. Como Musk é proprietário maioritário da empresa privada, ninguém o pode forçar a sair, mas as polémicas decisões que tem tomado já fizeram com que alguns dos seus apoiantes mais próximos se afastassem.
Na segunda-feira, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, enviou a Elon Musk uma carta a pedir-lhe para testemunhar perante o corpo legislativo da UE.
A resposta a este pedido do Parlamento Europeu, que não tem o poder de obrigar um dos homens mais ricos do mundo a comparecer perante a instituição, não foi imediatamente conhecida.
Elon Musk causou agitação e controvérsia após comprar o Twitter, em outubro, por 44 mil milhões de dólares.
Depois de despedir metade do pessoal da empresa, de repor a conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, de abandonar uma política contra a desinformação na Covid-19, de proibir - e depois repor - alguns jornalistas e de bloquear brevemente referências a plataformas rivais no Twitter, atraiu a atenção dos responsáveis políticos nos Estados Unidos e na Europa.