Arábia Saudita pede pena de morte para cinco pessoas por assassinato de jornalista
Jamal Khashoggi, um forte crítico do regime de Riade, foi morto no consulado saudita em Istambul, no início de outubro.
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A Arábia Saudita pede a pena de morte para cinco pessoas, que estarão envolvidas no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Ao todo, 11 pessoas tinham sido acusadas pelo Ministério Público da Arábia Saudita, cinco das quais, que terão ordenado ou executado o homicídio, enfrentam agora a pena capital, adianta a CNN.
De acordo com o Ministério Público saudita, o antigo adjunto do chefe dos serviços de inteligência do país, Ahmed al-Assiri, terá ordenado uma missão para obrigar Khashoggi a regressar à Aráboia Saudita. Para tal, terá formado uma equipa de 15 pessoas, e terá sido o chefe das negociações a ordenar o assassinato.
Jamal Khashoggi, de 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro, para obter um documento para se casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era conhecido pela contestação ao poder saudita.
A Arábia Saudita só admitiu que Jamal Khashoggi foi morto nas instalações do consulado saudita em Istambul dias depois, afirmando inicialmente que o jornalista saíra vivo do consulado.