Quase 150 mulheres foram eleitas para o parlamento da Argélia, onde na quinta-feira decorreram eleições legislativas, em consequência de uma lei da representatividade de género nas assembleias eleitas.
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As mulheres passaram, assim, dos sete para os 31,39 por cento dos assentos parlamentares na Argélia (145 deputadas), devido à reforma presidencial adotada em novembro de 2011, que impunha aos partidos uma quota de mulheres de 20 a 50 por cento dos lugares das suas listas, sob pena de serem eliminados do escrutínio.
A lei suscitou acesas polémicas entre os deputados homens, que consideram tratar-se de uma injustiça.
Nas eleições de quinta-feira, entre os 24.916 candidatos aos 462 assentos parlamentares, 7700 eram mulheres.
Saida Bounab, da Frente de Libertação Nacional (FLN), o partido que garantiu 220 lugares no parlamento, é uma das três presidentes de câmara das 1.541 províncias do país.
A responsável disse, pouco antes das eleições, que «depois da contagem, vai ser aplicada a regra dos três: as mulheres terão um número de assentos proporcional à percentagem» das deputadas eleitas no total dos parlamentares.
De acordo com a lei da representatividade das mulheres nas assembleias, «os lugares são repartidos em função do número de votos obtidos por cada lista» e «as proporções fixadas pelo artigo 2 (entre 20 e 50 por cento dos assentos) estão obrigatoriamente reservados às candidatas mulheres, segundo a sua classificação nas listas» pelas quais concorrem.
A Frente de Libertação Nacional (FLN) ganhou as eleições legislativas de quinta-feira na Argélia, onde as mulheres representam 53 por cento da população, obtendo com a União Nacional Democrática (RND), parceira de governo, a maioria absoluta no novo parlamento de 462 lugares.