O tribunal federal de San Martin, no norte de Buenos Aires determinou a condenação a prisão perpétua, por violação dos direitos do homem, do último ditador da Argentina, Reynaldo Bignone, de 85 anos.
Corpo do artigo
Em 2010, Bignone tinha já sido condenado a 25 anos de prisão pela «privação ilegal da liberdade e torturas de prisioneiros políticos», que tinha cometido durante a ditadura militar de 1976 a 1983.
Reynaldo Bignone foi o último ditador da Argentina. Depois da derrota do exército contra o Reino Unido na guerra das Malvinas, cedeu o seu mandato ao primeiro presidente democrático eleito depois do regime militar, Raul Alfonsin, em 1983.
Desde a anulação das leis da amnistia de 2005 pelo ex-presidente Nestor Kirschner, a justiça argentina condenou mais de 200 dirigentes da ditadura, além dos 800 polícias e militares que foram alvo de perseguições.
De acordo com a organização de defesa dos direitos do homem, a ditadura fez cerca de 30 mil mortos e desaparecidos.
O tribunal federal de San Martin condenou também a prisão perpétua Luis Patti, ex autarca da cidade de Escobar, o antigo general Santiago Omar Riveros e o ex-oficial Martin Rodriguez.