Os ministros das finanças da União Europeia começam hoje em Dublin o debate sobre o alargamento dos prazos para o pagamento dos empréstimos de Portugal e Irlanda.
Corpo do artigo
Dos cinco cenários estudados pela "troika", os ministros vão analisar essencialmente dois. A extensão do prazo para pagar os empréstimos, de cinco anos, é apontada por fontes contactadas em Bruxelas como a mais realista.
O ministro alemão das Finanças manifestou oposição, desde a primeira hora, a qualquer prazo mais dilatado e, um alto responsável do Eurogrupo considera que seria bom, se Portugal conseguisse a extensão das maturidades em 5 anos.
Mas, o documento elaborado pelos peritos da "troika" reconhece como mais favorável dar sete anos adicionais para Portugal pagar aos credores.
São elementos que vão estar em cima da mesa das reuniões do ministros das Finanças.
Não está garantido que os ministros adoptem uma decisão já neste fim de semana, apesar do apelo do chefe da política monetária europeia Olli Rehn, que considerou importante que isso acontecesse neste encontro.
Já uma fonte do gabinete de Wolfgang Schaeuble adiantou à TSF que o ministro alemão considera que ainda é cedo para adoptar uma decisão, sem se perceber qual a eficácia das medidas de Vítor Gaspar para encontrar 1300 milhões de euros, alternativos às normas do orçamento chumbadas pelo constitucional.
O presidente do eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirma que se não for agora, o mais tardar daqui a um mês, nas reuniões de 13 e 14 de maio haverá decisão.