Assaltaram a embaixada da Coreia do Norte em Madrid e fugiram para os EUA por Portugal
O grupo de assaltantes, sete dos dez já identificados, foi dividido e fugiu da capital espanhola para Lisboa, de onde apanhou um avião para Nova Iorque.
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Um auto de 14 páginas conta ao pormenor a preparação do ataque à embaixada da Coreia do Norte em Madrid. Foram várias horas para montar o esquema do assalto, liderado por Adrian Hong Chang, um cidadão mexicano residente nos Estados Unidos da América. Foi o próprio Chang, já identificado pelas autoridades, que, cinco dias depois, contactou o FBI para fazer o seu relato do crime.
A motivação do grupo, segundo o jornal espanhol El País, prende-se com o facto de integrar uma associação de direitos humanos para a libertação da Coreia do Norte.
Logo após o ataque, no dia 22 de fevereiro último, o grupo foi dividido em quatro e fugiu para Lisboa, de onde apanhou um avião para Nova Iorque.
Ataque violento
O que agora o juiz José El la Mata revela é que o líder comprou material para o ataque numa loja em Madrid. O juiz acrescenta que Chang abriu o caminho para os outros membros do grupo, estacionados do lado de fora da embaixada. Depois, os assaltantes invadiram o local munidos de facas e barras de ferro.
"Eles começaram a espancar violentamente os membros da embaixada, até que conseguiram subjuga-los e colocaram algemas para os imobilizar", descreveu o juiz espanhol.
Os assaltantes, ainda de acordo com o juiz, levaram 'pen drives', dois computadores, dois discos rígidos e um telemóvel. Roubaram ainda três veículos da embaixada.
Esta terça-feira, segundo uma fonte não identificada pela agência Reuters, o Supremo Tribunal espanhol já solicitou a extradição das pessoas que lavaram a cabo o ataque à embaixada da Coreia do Norte.