O alerta é do primeiro-ministro britânico e surge um dia antes das Nações Unidas decidirem sobre o apelo do fundador do Wikileaks. A BBC antecipa que o painel de especialistas vai decidir a favor de Assange. O australiano já disse que se entrega caso a decisão seja desfavorável.
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Julian Assange será preso se deixar a embaixada do Equador em Londres, seja qual for a decisão do painel de especialistas das Nações Unidas que está a analisar o pedido do fundador do Wikileaks sobre o mandato de prisão que pesa sobre ele.
O aviso vem diretamente do primeiro-ministro britânico David Cameron que, através do seu porta-voz, defendeu que qualquer decisão que seja emitida pelo painel das Nações Unidas não tem força legal. Como tal, adianta o governante, assim que Assange deixe a embaixada do Equador e pise solo britânico, o mandato de captura será executado.
Desde 2012, Julian Assange vive em exílio forçado na embaixada do Equador em Londres. O objetivo é evitar que o Reino Unido o prenda e extradite para a Suécia, onde enfrenta acusações da justiça por crimes sexuais.
Recorde-se que Assange não chegou a ser formalmente acusado mas foi pedida a sua detenção para interrogatório pela polícia sueca. O australiano teme que, por sua vez, a Suécia o entregue aos Estados Unidos, onde corre o risco de ser processado por ter divulgado documentos secretos de cariz militar e diplomático. Por esse motivo, apresentou queixa nas Nações Unidas, argumentando que está preso ilegalmente.
O painel de especialistas da ONU, que analisa a possível arbitrariedade em detenções, divulgará a sua decisão esta sexta-feira mas, e segundo avança a estação de televisão britânica BBC, o grupo de trabalho já tomou uma decisão sobre o caso e vai dar razão ao pedido do australiano, considerando a sua detenção ilegal e arbitrária.
Por seu turno, Assange divulgou publicamente esta quinta-feira, através do Ttwitter, que se entrega à polícia britânica, caso o painel da ONU conclua que não foi arbitrariamente detido.
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