Pelo menos 28 pessoas morreram no ataque talibã de hoje ao aeroporto de Carachi, no Paquistão, entre os quais os 10 assaltantes, noticia a agência AFP.
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A agência espanhola EFE, por seu lado, fala em 30 mortos, incluindo os 13 assaltantes.
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O ataque ao aeroporto internacional de Jinnah, em Carachi, foi lançado pouco antes da meia-noite de domingo por um grupo de homens, munidos com armas automáticas e granadas, e ao início da manhã o exército anunciou que os 10 atacantes estavam mortos.
Alguns dos assaltantes vestiam uniformes do exército, como confirmaram os jornalistas após as autoridades exibirem os seus corpos, armas, granadas e foguetes para os media.
Pelo menos três deles terão feito explodir os seus coletes suicidas
Embora as autoridades tenham declarado o confronto como terminado ao início da manhã, um jornalista da AFP ouviu novos tiroteios dentro do recinto, o que terá levado as forças de segurança a relançar a operação.
«O ataque está terminado e limpámos a área de todos os militantes», disse um porta-voz da organização paramilitar Rangers, Sibtain Rizvi, ao fim de quase 12 horas de combates.
Entre as 18 vítimas do assalto estão oito guardas da segurança do aeroporto e quatro trabalhadores da Pakistan International Airlines (PIA).
O ataque fez ainda 26 feridos, que foram levados para o hospital de Carachi, mas um porta-voz da PIA disse que nenhum passageiro foi afetado pelo incidente.
A autoridade da aviação civil do Paquistão disse que as operações de voo seriam retomadas em Carachi durante a tarde de hoje.
O ataque foi reivindicado pelo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP).
«Levamos a cabo o ataque no aeroporto de Carachi para vingar a morte de Hakimullah Mehsud», disse à agência AFP Shahidullah Shahid, porta-voz do movimento dos talibãs paquistaneses que lidera, desde 2007, uma sangrenta guerra contra o governo de Islamabad.
Hakimullah Mehsud foi morto, em novembro, na sequência de um ataque de um 'drone' (avião não tripulado) norte-americano numa zona tribal no noroeste do país, reduto do TTP.
«O Paquistão usou as conversações de paz como uma ferramenta de guerra (...). Este é o nosso primeiro ataque vingando a morte de Hakimullah Mehsud», afirmou o mesmo responsável.
«Temos ainda de vingar a morte de centenas de mulheres e crianças inocentes na sequência de ataques aéreos», disse, frisando: «Isto é apenas o começo».