Três dias de luto. Quatro crianças mortas em ataque com machado em creche no Brasil
Outras cinco crianças ficaram feridas, uma delas com gravidade. Foram transportadas para os hospitais da região.
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Quatro crianças morreram, esta quarta-feira, num ataque com um machado a uma creche em Blumenau, no Brasil, segundo informações da Polícia Militar e dos bombeiros, citados pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo. As vítimas mortais são três meninos e uma menina, com idades compreendidas entre os cinco e os sete anos.
Além das vítimas mortais, cinco outras crianças ficaram feridas, uma delas com gravidade, e já foram transportadas para hospitais da região. Uma delas já teve alta. Segundo a Polícia Militar, o autor do ataque tem 25 anos e já se entregou às autoridades. Ainda se desconhecem as motivações do crime.
O tenente da Polícia Militar local, Márcio Filippi, contou à CNN Brasil que o autor do ataque já foi encaminhado para a polícia civil e como tudo aconteceu.
"Saltou o muro da escola, entrou no pátio onde as crianças estavam a brincar e começou a desferir golpes. Tivemos quatro mortos no local e cinco crianças foram hospitalizadas", revelou o comandante.
Uma das professoras da creche contou à Folha de São Paulo que trancou a sala onde estavam os bebés para os proteger.
O Presidente do Brasil, Lula da Silva, recorreu ao Twitter para condenar mais um "ato de violência" contra crianças "inocentes e indefesas".
"Não há dor maior do que a de uma família que perde os seus filhos ou netos, ainda mais num ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Os meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau perante a monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor", escreveu Lula no Twitter.
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O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, já reagiu no Twitter. Decretou três dias de luto no Estado e manifestou solidariedade com as famílias das vítimas.
"O assassino já está preso. Deixo aqui a minha total solidariedade. Que Deus conforte o coração de todas as famílias neste momento de profunda dor", pode ler-se no Twitter de Jorginho Mello.
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Também consternada ficou a primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, que garantiu estar a acompanhar o ataque.
"Toda a minha solidariedade e carinho neste momento difícil para as famílias e toda a população da cidade", escreveu.
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O autarca local, Mário Hildebrandt, garantiu que estão a ser definidas as próximas ações. Para já, a prioridade é prestar apoio às famílias das vítimas.
"Dando o melhor conforto e apoio com as equipas de psicólogos que foram treinados para situações como estas. Vamos organizar-nos para podermos prestar o melhor apoio. Peço aos pais que, com tranquilidade, procurem os seus filhos nas nossas unidades educacionais. É um estabelecimento privado, mas as crianças são do município e, por isso, estamos aqui todos juntos para procurar o melhor atendimento", pediu Mário Hildebrandt.
As autoridades estão a investigar o caso para obter mais informações sobre o ataque.
"É importante que as pessoas não acreditem em boatos do WhatsApp. Procurem nos meios oficiais a informação correta para que não se crie alarme desnecessário. Se houver algum problema ligue para o 190 e para a Polícia Militar para que possamos atender-vos", aconselhou o autarca de Blumenau.
Notícia atualizada às 16h07