Ataque em Nice. Procuradoria antiterrorismo confirma cidadania tunisina do agressor
O agressor, que foi rapidamente detido pela polícia, foi ferido a tiro com gravidade.
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O procurador-geral francês para o combate ao terrorismo, Jean-François Ricard, confirmou que o homem que matou três pessoas numa igreja católica em Nice é um cidadão tunisino que entrou em França vindo de Itália.
Em declarações à comunicação social, Jean-François Ricard precisou que o agressor chegou à ilha italiana de Lampedusa, no mar Mediterrâneo, no passado dia 20 de setembro e viajou em direção à capital francesa, Paris, poucas semanas depois, no dia 09 de outubro.
Estas informações foram recolhidas através de um documento da Cruz Vermelha Itália que o agressor trazia consigo, segundo acrescentou o procurador-geral francês antiterrorismo.
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Três pessoas morreram, uma delas degolada, no interior da basílica de Nossa Senhora de Nice, num ataque perpetrado por um homem armado com uma arma branca.
O agressor, que foi rapidamente detido pela polícia, foi ferido a tiro com gravidade e transportado para o hospital.
Segundo fonte próxima do inquérito, o atacante gritou 'Allah Akbar' ("Deus é grande").
Antes da confirmação oficial da nacionalidade do agressor, informações preliminares avançadas pelos 'media' apontavam que o suspeito era um tunisino de 21 anos, que tinha chegado como migrante ilegal à ilha italiana de Lampedusa.
Em reação, a Tunísia garantiu que irá julgar qualquer pessoa envolvida ou relacionada com atos terroristas, como o cometido hoje na cidade francesa de Nice.
Fontes dos serviços secretos tunisinos indicaram, por seu lado, ter já sido aberta uma investigação para descobrir a origem do suspeito e investigar a família, amigos e possíveis vínculos com grupos de tendência salafista radical.
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O ataque ocorre duas semanas depois da decapitação de um professor na região parisiense, assassinado depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.
Numa homenagem ao professor, Samuel Paty, o Presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou o compromisso de França com a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas
As declarações do chefe de Estado francês suscitaram contestação em vários países muçulmanos, incluindo manifestações e boicotes aos produtos franceses.