Anna Maria Spiga, professora numa escola que sofreu um ataque semelhante ao do Boko Haram, diz à TSF que enquanto houver guerrilheiros sem escrúpulos estes ataques vão continuar.
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As mais 200 raparigas raptadas pelos extremistas do Boko Haran cumprem hoje 2 meses de cativeiro.
Ao fim deste tempo a campanha meditática, #Bringbackourgirls, esmoreceu e o presidente nigeriano ainda nem visitou a localidade de onde as raparigas desapareceram.
As estudantes estão há mais de 60 dias nas mãos dos raptores e há quem siga com atenção todo este caso, porque já viveu um outro idêntico há quase 20 anos no Uganda.
Anna Maria Spiga era professora na escola católica em Aboke. No momento do rapto não estava nas instalações mas acompanhou todo o caso e foi ela que ao longo de quase duas décadas foi acolhendo as raparigas de volta à escola.
Entrevistada pela TSF, esta freira comboniana contou à TSF como tem acompanhado os acontecimentos na Nigéria e confessou que enquanto houver guerrilheiros sem escrúpulos estes ataques vão continuar.
Agora desde Itália segue com atenção o rapto das estudantes nigerianas. Sabendo o que podem estar a passar, teme pela vida delas.
Da sua própria experiência, Anna Maria Spiga refere com orgulho que todas as raparigas raptadas voltaram a estudar. Todas as raparigas tiveram apoio quando regressaram a Aboke e a freira comboniana espera que isso aconteça com as da Nigéria e com outras no futuro porque os raptos vão continuar.