O primeiro-ministro grego, sem acordo à vista, garante que há "uma linha vermelha" que não pode ser ultrapassada. Alexis Tsipras garante que está pronto para dizer um "grande não" aos credores se não existir uma proposta viável.
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Há duas hipóteses, diz Tsipras. Se for encontrada uma solução viável, "o Governo grego arcará com o custo de levar a cabo este difícil acordo". Caso contrário, e segunda hipótese, "vamos assumir a responsabilidade de dizer 'o grande não' ("the big no") à continuação das políticas catastróficas para a Grécia".
Tsipras garante que as propostas de Atenas obedecem às metas orçamentais definidas pelos credores para 2015 e 2016 e lembra que cabe à Grécia decidir que medidas tomar para que no final deste ano, o excedente orçamental seja de 1% do PIB e 2% em 2016.
Na conferência de imprensa desta manhã. O primeiro-ministro grego afirmou que "as propostas garantem totalmente o cumprimento das metas orçamentais que as instituições credoras estabeleceram para 2015 e 2016. Mas a Grécia é um Estado soberano. O Governo grego tem um mandato recente e é da sua própria competência decidir como aplicar os impostos e onde encontrar o dinheiro" necessário.
Alexis Tsipras dá a entender que não vai ceder a mais nenhuma exigência dos credores, muito menos ultrapassar aquilo a que apelidou de "linha vermelha" definida pelo seu Governo e que diz respeito ao sistema de pensões. O primeiro-ministro disse que é "incompreensível" que os credores insistam em mais cortes nas pensões e "se isso acontecer" diz o governante "os credores terão de assumir o custo de um desenvolvimento que não será benéfico para ninguém na Europa".
Tsipras conclui "só há uma opção, que é encontrar uma solução que seja aceite e aprovada pelo Governo e pelo Parlamento gregos". Se não houver um "compromisso honroso", a Grécia "vai dizer não". O "grande não".