É uma proposta do presidente da Comissão Europeia que passará pelo primeiro-ministro grego fazer campanha pelo "Sim" no referendo de domingo. Um jornal grego dá conta de acertos à versão do fim-de-semana.
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A Grécia diz ter recebido de Jean-Claude Juncker uma proposta de ultima hora para negociar um acordo antes que o dia acabe nesta terça-feira.
Juncker propôs que Alexis Tsipras envie por escrito a aceitação das propostas feitas pelos credores, que foram tornadas públicas no domingo. Mas, mais que isso, desse texto deve constar o compromisso do primeiro ministro grego de que fará campanha pelo "Sim" a essas propostas no referendo marcado para domingo.
Ao início da tarde, o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas disse que Alexis Tsipras telefonou ao presidente da Comissão, e depois de este ter conversado com o presidente do Eurogrupo, transmitiu ao primeiro-ministro grego é que é preciso para um acordo de última hora.
Margaritis Schinas diz que Bruxelas quer mesmo um acordo e Juncker propõe-se liderar um programa de dezenas de milhares de euros para estimular o emprego na Grécia.
Manhã cedo, uma fonte do governo de Atenas disse à agência Reuters que a proposta foi "ouvida com interesse", mas que "Tsipras vai votar no contra no referendo".
No entanto, o diário grego Kathimerini diz que a a proposta ainda não foi posta de lado, antes está a ser estudada.
O jornal escreve, sem citar qualquer fonte, que "o gabinete do primeiro ministro comunicou a Bruxelas que está a avaliar a nova proposta do presidente da Comissão, que incluí um alívio da dívida em outubro e alterações ao EKAS [o subsídio atribuído aos gregos com menores rendimentos]".
Há pouco, a Reuters dava conta de que um responsável do governo grego confirmou que há "iniciativas" em curso.
Entretanto, o ministro grego das Finanças diz que a Grécia admite recorrer à justiça para impedir a saída do euro caso não haja acordo com os credores.
Em entrevista ao jornal Daily Telegraph, Yanis Varoufakis diz: "Estamos a aconselhar-nos e certamente vamos considerar a possiblidade de uma providência cautelar junto do Tribunal de Justiça Europeu. Os tratados da União Europeia não preveem a saída do euro e recusamos aceitá-la. A nossa presença não é negociável".