A forte explosão que atingiu hoje o centro de Cabul, Afeganistão, foi perpetrado por um homem-bomba talibã contra um comboio da Nato, e ocorre dias depois de os talibãs invadirem a cidade de Kunduz.
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Não foi reportado oficialmente até ao momento a existência de vítimas mortais do ataque, que causou uma nuvem espessa de fumo, mas o ataque já foi reivindicado pelos talibãs, segundo afirmou à agência France Presse o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid.
"Um comboio de forças estrangeiras foram alvo de um ataque pelos nossos guerrilheiros afegãos em Joy Shir, na cidade de Cabul. Dois dos seus veículos ficaram danificados e todos os que estavam a bordo dos veículos foram mortos", disse o porta-voz dos talibãs.
As autoridades de segurança isolaram a área e acorreram com ambulâncias e sirenes ao local, que está coberto de destroços dos veículos, segundo um relato de um fotógrafo da France Presse.
"A explosão ocorreu na área de Joy Shir da cidade de Cabul. Foi um ataque suicida que tinha como alvo um comboio militar estrangeiro", afirmou o porta-voz da polícia de Cabul, Ebadullah Karimi.
O porta-voz do ministério do Interior, Sediq Sediqqi, afirmou que ainda não há uma palavra a dizer sobre quaisquer baixas até ao momento, enquanto um porta-voz da NATO em Cabul confirmou que o seu comboio foi atacado, mas disse que a coligação internacional ainda está a reunir mais informações.
Ainda não há número oficial de vítimas, mas a agência espanhola Efe falou num morto. E fontes oficiais dão conta de, pelo menos, 3 feridos. Os taliban já reclamaram a autoria do atentado.
Minutos depois do ataque, a embaixada dos Estados Unidos em Kabul emitiu um alerta de mais atentados. Suspeita-se que o alvo possa ser o edifício das Nações Unidas. A embaixada pede aos cidadãos norte-americanos que evitem a zona da cidade onde aconteceu a explosão desta manhã. O ataque desta manhã é o mais recente de uma série de outros, que os taliban têm realizado nos últimos meses em Cabul.
Em meados de Agosto 12 pessoas morreram num outro atentado contra uma coluna militar. Dias antes, um bombista suicida matou outras cinco, no aeroporto da capital afegã.