O ataque em Lahore foi reivindicado por talibãs paquistaneses que afirmaram ter como principal alvo os cristãos, um grupo minoritário (2%) num país com 200 milhões de habitantes.
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O papa Francisco pediu, esta segunda-feira, às autoridades do Paquistão que façam tudo para garantir a segurança da população e, em particular, da minoria cristã, na sequência do "atentado execrável" que causou 72 mortos.
No domingo, "no Paquistão, a Santa Páscoa foi ensanguentada por um atentado execrável", declarou Jorge Bergoglio perante os fiéis reunidos na praça de São Pedro, para a oração do 'Angelus'.
"Mais uma vez, a violência e o homicídio odioso conduzem apenas ao sofrimento e à destruição", afirmou.
"Apelo às autoridades civis e a todas as componentes sociais desta nação para que façam tudo o que for possível para voltar a dar segurança e serenidade à população e, em particular, às minorias religiosas mais vulneráveis", disse o papa.
O Vaticano tinha condenado na véspera o atentado que visou a minoria católica em Lahore, no Paquistão, e denunciado uma "violência fanática" que originou um "horrível massacre de dezenas de inocentes".
Pelo menos 72 pessoas morreram e 359 ficaram feridas no atentado suicida no domingo à tarde, no parque Gulshan Iqbal, próximo de um parque infantil, cheio de famílias que ali se encontravam a festejar a Páscoa.
Os talibãs paquistaneses reivindicaram o atentado e afirmaram que visavam os cristãos, grupo que constitui um pouco menos de 2% da população do país de 200 milhões de habitantes, maioritariamente muçulmanos sunitas.