A cerimónia da entrega dos prémios Globos de Ouro arrancou esta noite com uma demonstração de solidariedade para com as vítimas dos atentados de Paris e um pedido de apoio à liberdade de expressão.
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As comediantes Tina Fey e Amy Poehler abriram as três horas da entrega dos Globos de Ouro com um monólogo cómico sobre o recente ataque informático à Sony Pictures, que envolveu o filme "The Interview", uma sátira sobre uma conspiração para matar o líder da Coreia do Norte.
«Hoje celebramos todos os filmes e programas de televisão aprovados pela Coreia do Norte», ironizou o duo.
A cerimónia ganhou um tom mais sério quando o líder da associação de imprensa estrangeira em Hollywood, que entrega os Globos de Ouro, fez levantar a audiência numa ovação de pé com um pedido de apoio à liberdade de expressão depois do ataque à Sony Pictures e dos atentados em França.
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«Juntos vamos ficar unidos contra todos os que querem reprimir a liberdade de imprensa, em qualquer lugar, desde a Coreia do Norte a Paris», disse Theo Kingma.
Na passadeira vermelha, várias estrelas como George Clooney, Helen Mirren e Kathy Bates desfilaram com objetos, incluindo cartazes e crachás, com a inscrição "Je Suis Charlie", o slogan adotado por manifestantes e apoiantes da liberdade de expressão depois do ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo na semana passada.
George Clooney, distinguido com o prémio de carreira, fez questão de lembrar os milhões que marcharam ontem por todo o mundo. «Eles marcharam em defesa da ideia de que nós não teremos medo, por isso "Je suis Charile"».