Pyotr Verzilov está internando num hospital em Berlim. Já não corre risco de vida mas continua nos cuuidados intensivos.
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O ativista anti-Kremlin Pyotr Verzilov, membro do grupo russo Pussy Riot, terá sido envenenado com uma substância que afetou o seu sistema nervoso.
Pyotr Verzilov foi hospitalizado na semana passada, depois de ter perdido temporariamente a visão, a fala, a audição e a capacidade de andar.
Inicialmente internado nos cuidados intensivos de hospital de Moscovo, o ativista foi transferido para um hospital alemão no sábado e está a recuperar.
"Há uma grande probabilidade de ele ter sido envenenado", disse Kai-Uwe Eckardt, médico no hospital Charit, em Berlim, acrescentando que não há outra explicação possível para os sintomas que apresenta.
Seis dias depois da ingestão, a dificuldade está em identificar a substância neurotóxica utilizada. Pode tratar-se de um químico, medicamento ou matéria de origem natural.
Apesar de já não correr risco de vida, Pyotr Verzilov ainda está nos cuidados intensivos.
O ativista Pyotr Verzilov, que tem dupla nacionalidade, russa e canadiana, foi o porta-voz das Pussy Riot, durante um polémico julgamento, em 2012.
O ativista foi ainda um dos membros do grupo que invadiram o relvado, disfarçados de agentes da polícia, durante a final do Campeonato do Mundo de Futebol, em Moscovo, a 15 de julho.
A ação foi uma forma de protesto contra a violência exercida pela polícia russa, após as denúncias de torturas durante interrogatórios e dentro das prisões do país.
Verzilov, Nikulshina e duas outras ativistas foram detidas e passaram mais de duas semanas na prisão por terem perturbado a final do Mundial, disputada entre a França e a Croácia.