O ministro dos Negócios Estrangeiros condenou os confrontos registados no sábado nas regiões fronteiriças da Venezuela. O chefe da diplomacia portuguesa reitera que o regime de Nicolás Maduro "chegou ao fim", defendendo a realização de eleições livres e justas.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros garante que a União Europeia pode vir a aplicar novas sanções ao Governo de Nicolás Maduro, após os confrontos registados no sábado nas regiões fronteiriças.
"(A União) vai manter e intensificar a pressão político-diplomática sobre o regime de Nicolás Maduro, para permitir a entrada de ajuda humanitária e, segundo, permitir que haja uma solução política na Venezuela, que a nosso ver passa inevitavelmente pela realização de eleições presidenciais livres e justas", afirmou Augusto Santos Silva em entrevista à TSF.
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O chefe da diplomacia portuguesa condenou os confrontos registados no sábado, junto à zona de fronteira com o Brasil e Venezuela. "As pessoas que se mobilizaram para fazerem entrar a ajuda humanitária na Venezuela, merecem respeito e não hostilidade", lamentando as pessoas que perderam a vida.
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O Presidente interino, que conta com o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia, apelou à comunidade internacional para que mantenha "abertas todas as opções para conseguir a libertação do país."
Já nos Estados Unidos, o Secretário de Estado, Mike Pompeo reiterou que Nicolás Maduro "tem os dias contados" e sublinhou "que todas as opções estão em cima da mesa", defendendo um "agravamento de sanções contra o regime chavista".
A ONU também veio condenar os confrontos de sábado. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, mostrou-se "chocado" face ao número de vítimas e apelou a que não se use a força letal", temendo o aumento da escalada de Tensão com Caracas.