A líder da oposição birmanesa esteve reunida com o presidente norte-americano à margem da cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático. Já Obama defendeu «eleições livres e imparciais» no país.
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A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, apelou hoje a que seja «encontrado um equilíbrio entre o otimismo e o pessimismo» para o seu país em plena transição, durante uma conferência de imprensa com Barack Obama, em Rangum.
O Presidente norte-americano, que falou depois de Aung San Suu Kyi, acrescentou que a democratização na Birmânia não está «nem atingida, nem é irreversível» e acusou o governo de Rangun de ter, nos últimos meses, travado as reformas e de ter dado passos atrás.
O encontro entre os dois prémios Nobel da Paz ocorreu à margem da cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e depois de uma reunião entre o Presidente Barack Obama e o seu homólogo birmanês, Thein Sein.
O país está a menos de realizar eleições e enfrenta um clima de receio quanto à direção das reformas no país.
Espera-se que o partido de Suu Kyi, a Liga Nacional pela Democracia, consiga conquistar a maioria dos votos em 2015, apesar de a líder estar impedida de chegar à presidência devido a uma cláusula constitucional.
Aung San Suu Kyi foi reeleita em 2013 como presidente da Liga Nacional para a Democracia (LND), tendo anunciado nesse ano a intenção de se candidatar às eleições de 2015, mas para que tal seja possível são necessárias alterações à Constituição.
A visita do Presidente norte-americano à Birmânia coincide com o início do debate sobre reformas constitucionais, em particular sobre as cláusulas que impedem Suu Kyi se candidate a Presidente.