Ernesto Sanjuan, o nome deste Nero do século XXI, enfrenta uma acusação que o poderá levar à prisão.
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Um tribunal espanhol decidiu acusar um autarca da Comunidade Valenciana por fogo posto e negligência. O caso passou-se em abril deste ano.
Nas festas de Cullera, perto de Valência, um espetáculo de fogo de artifício resultou numa colina inteira a arder e na evacaução de várias casas habitadas.
Agora, o alcaíde da cidade vai ter de responder na justiça e até pode ir preso. Sanjuan quis fazer as festas como sempre são feitas, no dia 26 de abril. Autorizou a colocação de dezenas de quilos de fogo de artificio na colina da cidade, à volta do castelo. Só que ignorou um conjunto de proibições que determinavam a não realização do espetáculo.
O alcaide, reconhece agora que viu as proibições do bombeiros e das autoridades regionais, no tabuleiro do fax, mas não lhes ligou. E às 23:00, do dia 26 de abril, o fogo lançado acabou por incendiar a colina quando chegou ao chão.
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As proibições tinham a indicação expressa do intenso calor, naquela altura, na região valenciana, e do muito mato seco que existia na colina. Os bombeiros atuaram mas não evitaram a destruição de alguns edifícios e a evacuação de casas habitadas.
O caso também é político. O autarca do PP está a ser constestado por toda a oposição. Uns dizem que um político acusado não pode desempenhar cargos oficiais. Outros, que o autarca não deve usar meios públicos para pagar a defesa judicial e que, por isso, o pagamento da defesa deve sair da própria algibeira.
O alcaide Ernesto Sanjuan, e o organizador do espetáculo, também responsabilizado, vão responder ao juiz no próximo dia 14 de julho.