O chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, Mustafa Abdaljalil, anunciou hoje que o país vai rever todos os investimentos nacionais no estrangeiro.
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As autoridades líbias que dirigem o país desde a queda e assassinato do anterior líder Muammar Kadhafi vão «rever todos os contratos», prevendo que haja «países onde os investimentos vão aumentar e outros onde os projectos vão ser suspensos».
Em conferência de imprensa, Mustafa Abdaljalil, citado pela agência AFP, justificou que os investimentos que promovam «o bem do povo líbio» continuarão.
Através da Autoridade Líbia para o Investimento, um fundo soberano lançado em 2006 por Muammar Kadhafi e dotado de 70 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros), a Líbia investiu em massa, nos últimos anos, em países do continente africano e do mundo árabe, injetando também milhares de milhões de dólares em várias empresas internacionais, entre as quais portuguesas.
Um grupo de empresários portugueses e líbios criou a Associação Luso-Líbia para a Cooperação e o Desenvolvimento, para reforçar os contactos comerciais entre os dois países, que conta, entre os membros fundadores, com quatro empresários líbios próximos do Conselho Nacional de Transição, quatro representantes de empresas portuguesas e representantes diplomáticos dos dois países.
A Líbia - ainda no regime de Kadhafi - estava entre os importadores potenciais do computador Magalhães, produzido em conjunto pela Prológica e pela empresa JP Sá Couto.