As autoridades paquistanesas proibiram o ex-presidente Pervez Musharraf de abandonar o país por causa dos vários casos judiciais em que está implicado.
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De acordo com os canais de televisão Express e Geo Tv, a Agência de Investigação Federal incluiu o nome do ex-general na lista de controlo de saídas e emitiu uma circular para todos os aeroportos paquistaneses.
Na sexta-feira, um tribunal da cidade meridional de Karachi já tinha imposto a Musharraf que este tivesse de pedir permissão caso pretendesse abandonar o país. Na mesma ocasião, o tribunal sentenciou que o ex-presidente poderia continuar em liberdade nas próximas três semanas sob o pagamento de uma fiança.
Pervez Musharraf enfrenta acusações relativas a diferentes casos relacionados com a sua gestão durante os nove anos em que esteve no poder, depois do golpe de Estado que levou a cabo quando era general do Exército.
O ex-general deixou a presidência do Paquistão em agosto de 2008, antes do Parlamento ter levado a cabo um processo de destituição, e meses depois abandonou o país para iniciar um exílio voluntário que durou quatro anos, repartidos entre Londres e o Dubai.
No último domingo, a 24 de março, Musharraf terminou o exílio e aterrou em Karachi com o objetivo de participar nas próximas eleições legislativas de 11 de maio, às quais concorre como líder da Liga Muçulmana do Paquistão, um partido criado em torno da sua imagem.
Durante os anos de ausência, os tribunais paquistaneses emitiram várias ordens de prisão de Musharraf e chegaram e a pedir a intervenção da Interpol, mas esta organização policial sempre recusou ter partido neste assunto.