Autoridades sírias apoiam designação de Lakhdar Brahimi para enviado especial da ONU
Os sírios apoiam a designação do argelino Lakhdar Brahimi como enviado especial da ONU para a Síria, anunciou o porta-voz do mediador demissionário, Kofi Annan.
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Em resposta à pergunta se era verdade que a Síria tinha dado «luz verde» a essa nomeação, o porta-voz, Ahmad Fawzi, respondeu que «sim», acrescentando, no entanto, que «não há ainda qualquer decisão».
Segundo diplomatas da ONU, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros argelino Lakhdar Brahimi, de 78 anos, é o provável sucessor de Annan, na mediação do conflito sírio.
Na semana passada, um porta-voz da ONU recusou comentar essa eventualidade, indicando que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, prosseguia as suas consultas no âmbito deste processo.
Entretanto, o Conselho de Coordenação Nacional (CCN), grupo da oposição interna síria, lançou hoje uma iniciativa para travar a violência e conseguir uma transição pacífica para a democracia, ao instar as partes em conflito a decretar um cessar-fogo.
Segundo um documento de quatro pontos, citado pela agência EFE, o CCN pede aos grupos armados, tanto do regime como da oposição, que cheguem a acordo sobre "um cessar-fogo temporário que entre em vigor o mais cedo possível", preferencialmente antes do início da festividade que marca o fim do Ramadão, previsto para o próximo fim de semana.
O CCN pretende criar na Síria um ambiente propício para atingir uma solução política para o conflito, que começou em março de 2011.
O CCN sugere que as Nações Unidas supervisem a aplicação desta iniciativa, semelhante ao plano de seis pontos apresentado pelo mediador internacional demissionário para a Síria, Kofi Annan, e que só poderá ser posta em marcha se todas as partes aceitarem as mudanças que são necessárias e a dimensão e os poderes da missão da ONU na Síria.