Autoridades suíças investigam diplomata russo por suspeitas de violação da lei de material de guerra
O diplomata e mais duas pessoas, também russas, tentaram comprar armamento e outros materiais perigosos
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As autoridades suíças revelaram, este sábado, que estão a investigar um diplomata russo suspeito de ter violado a lei de material de guerra e a lei do embargo, juntamente com outros dois acusados de terem tentado adquirir armas e outros materiais potencialmente perigosos.
"O jornal diário suíço Tages-Anzeiger refere que o homem, inscrito como diplomata em Berna, foi vigiado pelos serviços secretos suíços e, depois de ter sido acusado de espionagem com o objetivo de adquirir material perigoso, abandonou discretamente a Suíça. Depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros suíço ter confirmado o levantamento da imunidade diplomática aquando da sua saída do país e na sequência de buscas em várias casas, a Federal de Justiça e Polícia da Suíça (FDJP) concedeu agora autorização para instaurar um processo", refere o Gabinete do Procurador-Geral (OAG), citado pela AFP.
O caso surge no meio da preocupação com o aumento do número de espiões russos na Suíça desde a invasão da Ucrânia por Moscovo, em 2022. Em maio, os deputados suíços exigiram que o Governo tomasse uma posição mais dura em relação aos espiões russos.