A aviação russa atacou o aeroporto internacional da capital georgiana, com as bombas a caírem a 200 metros da pista desta infra-estrutura. Entretanto, o encerregado de negócios da Rússia nos EUA diz que os russos «não têm a intenção de invadir a Geórgia».
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O aeroporto internacional da capital georgiana foi alvo de um ataque, este domingo, horas antes da chegada do ministro francês dos Negócios Estrangeiros, confirmou o ministro georgiano do Interior.
Este ministro precisou que o ataque da aviação russa atingiu uma zona a 200 metros do aeroporto de Tbilissi, um ataque que também foi presenciado por uma testemunha citada pela Reuters.
Citados pela televisão georgiana Rustavi-2, responsáveis georgianos confirmaram ainda que o aeroporto de Tbilissi continuará a funcionar normalmente e que não está prevista qualquer anulação de voos.
No mesmo raide, a aviação russa atacou ainda um aeroporto militar que se situa nas proximidades e ainda uma fábrica de construção de aviões, não tendo sido feitos estragos a estas infra-estruturas.
Entretanto, o encarregado de negócios da embaixada russa nos EUA sublinhou que o seu país «não tem a intenção de invadir a Geórgia», as sim a intenção de «forçar os dirigentes georgianos à paz».
Em entrevista à CNN, Alexandr Darchiev considerou que o presidente georgiano «tem de ser responsabilizado pelo ataque bárbaro e desleal contra civis inocentes na Ossétia do Sul, de agressão contra a Ossétia do Sul».
«A melhor coisa que ele pode fazer agora é retirar as suas tropas incondicionalmente», acrescentou este diplomata, que defendeu que a Geórgia tem de «assinar um acordo com os ossetas em que se compromete a excluir o uso da força».
Darchiev acusou ainda os georgianos de serem responsáveis pela morte de duas mil pessoas na Ossétia do Sul e de «lançar granadas em abrigos onde mulheres e crianças se escondem».
Este encarregado de negócios defendeu ainda que os ataques fora da Ossétia do Sul são «legítimos», uma vez que têm como objectivo «impedir a aviação e os militares georgianos de atacar as nossas forças de manutenção de paz».