O presidente-executivo da empresa considerou o incidente falso alarme mas as autoridades quenianas afirmam que se tratava de uma bomba.
Corpo do artigo
As autoridades quenianas confirmaram hoje que o dispositivo suspeito encontrado na casa de banho do voo Air France 463, que fazia o trajeto entre a Ilha Maurícia e Paris, e que teve de aterrar de emergência em Mombaça, é uma bomba, segundo o jornal Independent.
Uma versão diferente tem Frédéric Gagey, o presidente-executivo da Air France, que veio a público afirmar que tudo não passava de um "falso alarme". "O objeto não representava qualquer perigo de explosão", disse Gagey, ao referir-se ao pacote feito de cartão, que continha pedaços de papel e uma espécie de temporizador, que foi encontrado na casa de banho do aparelho que fazia a ligação entre a ilha Maurícia e Paris.
Dois suspeitos que estavam no voo estão a ser interrogados pelas forças de segurança quenianas. O voo AF 463, com 459 passageiros e 14 membros da tripulação a bordo, tinha deixado a ilha Maurícia às 21h locais e devia aterrar em Paris às 5h50 locais (4h50 em Lisboa). O aparelho aterrou no aeroporto internacional Moi de Mombaça, na costa do Quénia, às 00h37 locais.
Todos os 459 passageiros e a tripulação foram escoltados em segurança para fora da aeronave, enquanto o dispositivo foi retirado por elementos das forças de segurança quenianas para ser detonada longe do aeroporto.
Especialistas de bombas quenianos examinaram o dispositivo desde que o avião pousou, enquanto os passageiros foram levados para os hotéis próximos.
Entretanto, o governo francês informou que mobilizou o seu centro de crise e a sua embaixada em Mombaça para garantir alojamento e o regresso a Paris dos passageiros do avião da Air France que aterrou de emergência no Quénia. Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês disse que as autoridades francesas estão em contacto com as autoridades quenianas e com os responsáveis da Air France para garantir o retorno dos passageiros e da tripulação.