A garantia foi dada pela empresa dona do avião. Em conferência de imprensa, os responsáveis da MetroJet atribuíram o acidente a factores externos.
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Nem falha técnica nem erro humano. A companhia aérea russa MetroJet garantiu esta segunda-feira que a queda do Airbus A321 no passado sábado no Egito não foi provocada por factores ligados ao aparelho.
"Não há falhas técnicas que possam fazer com que o avião se parta no ar", disse Alexander Smirnov, diretor adjunto da companhia MetroJet (Kogalymavia), numa conferência de imprensa em Moscovo. "A única explicação é algum tipo de ação exterior", acrescentou.
Os 2 motores do avião foram inspeccionados na passada segunda-feira, cinco dias antes da queda, e não foram detectados quaisquer problemas. A companhia de aviação garante que o aparelho estava em excelentes condições e afasta também, de forma categórica, a possibilidade de erro dos pilotos.
O director adjunto da MetroJet revelou que o aparelho começou a perder velocidade muito depressa, antes de se despenhar na península do Sinai.
Os pilotos do Airbus A321 perderam "completamente o controlo" do aparelho e não tentaram fazer qualquer contacto rádio com os controladores aéreos antes de o avião se despenhar. "A tripulação perdeu completamente o controlo e por essa razão não houve tentativa de contacto", explicou aquele responsável.
As caixas negras do avião estão em boas condições. Fonte da equipa de investigadores, citada pela agência Reuters, adianta que uma primeira análise das caixas negras mostra que o avião não foi atingido por fora. Partiu-se em dois e caiu a pique.
O primeiro ministro russo já disse que todos os detalhes devem ser analisados, enquanto o porta-voz do Kremlin, questionado sobre um possível ataque terrorista, admitiu que todos os cenários estão em aberto.
O aparelho, que fazia a ligação entre a estância turística egípcia de Sharm el-Sheikh e a cidade russa de São Petersburgo, despenhou-se no sábado no Sinai, matando todas as 224 pessoas a bordo.