As primeiras indicações disponibilizadas pelas autoridades iranianas apontaram para a existência de problemas mecânicos na origem da queda do avião.
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A tripulação do avião ucraniano que caiu em Teerão não pediu ajuda via rádio e estava a tentar voltar ao aeroporto quando a aeronave se despenhou, segundo um relatório preliminar da investigação iraniana divulgado esta quinta-feira.
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Os dados foram avançados pela autoridade de aviação civil do Irão e constam de um relatório preliminar sobre o acidente que causou 176 mortos (83 iranianos, 63 canadianos, 11 iranianos, 10 suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos) depois de cair na quarta-feira pouco depois de ter levantado voo do aeroporto da capital iraniana.
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As primeiras indicações disponibilizadas pelas autoridades iranianas apontaram para a existência de problemas mecânicos na origem da queda do avião.
O acidente ocorreu horas depois do lançamento de mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.
Incêndio e explosão
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Citando testemunhas oculares, tanto pessoas que estavam em terra como tripulação de outros voos, o mesmo relatório revela que foi visto um incêndio no aparelho e que a posterior explosão foi a causa da queda.
A Organização de Aviação Civil do Irão (OACI) indica que inicialmente o avião dirigia-se em direção a oeste e "depois ocorrer o problema virou à direita. No momento do acidente estava em rota de regresso ao aeroporto".
O aparelho desapareceu dos radares quando se encontrava a uma altitude de 8.000 pés, ainda de acordo com o mesmo relatório, que indica que "o piloto não emitiu qualquer mensagem sobre circunstâncias inusuais a bordo do avião".
Caixas negras serão analisadas no estrangeiro
A entidade responsável pela aviação civil no Irão garante que as caixas negras do aparelho foram "danificadas" pelo acidente e pelo incêndio do avião que ligava Teerão a Kiev.
Até ao momento, o Governo iraniano tem-se negado a entregar as caixas negras ao fabricante estadunidense Boeing. No entanto, como apenas alguns países, como Estados Unidos, Alemanha e França, podem analisar tecnicamente as caixas, a OACI, adianta que as mesmas serão "enviadas para o estrangeiro".