Bakhmut, o campo de batalha. "Temos a nossa sensibilidade, a dos russos não existe"
É nesta cidade que as forças ucranianas e as forças russas têm travado uma intensa batalha. Há milhares de baixas em ambos os lados.
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A cidade ucraniana que hoje se chama Bakhmut era, há menos de uma década, Artmvisk, e foi um dos primeiros palcos da revolta dos independentistas pró-russos do Donbass, em 2014. Em maio do ano passado, ficou claro que voltaria a ser palco de batalha, na invasão russa da Ucrânia. Desde dessa altura, não houve um dia de tréguas em Bakhmut e, até agora, desconhece-se o verdadeiro custo humano da batalha.
Pelo menos quatro mil civis terão morrido e o número de militares mortos atinge as dezenas de milhares. É aqui que mais se tem ouvido falar do grupo de mercenários russo, Wagner, que é liderado por um antigo cozinheiro do Exército Vermelho.
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"Como soldados nós temos a nossa sensibilidade, e os russos simplesmente não, a deles não existe. Nós vemos um gato ou vemos um cão e damos lhes comida, mas eles, isso não existe. Simplesmente somos dois países completamente diferentes. Com pena. Mas nós vamos continuar a lutar porque estamos na nossa terra. Nós temos a verdade do nosso lado e a verdade vai ganhar sempre. Nós temos pessoas diferentes, temos profissionais do ramo eletrotécnico, profissionais do ramo construção, energia, profissionais do ramo militar", diz Sasha, um militar colocado em Chasiv Yar, a menos de cinco quilómetros de Bakhmut.
O militar ucraniano acredita na vitória sobre a Rússia e elogia o trabalho dos jornalistas. "Honestamente desejo-vos muita inspiração e coragem para fazer um trabalho como é o jornalismo. Desejo-vos que consigam fazer o vosso trabalho, que mostrem às pessoas aquilo que vocês estão a ver, a realidade, a realidade da vida militar, da vida civil, todas as infraestruturas que vocês veem. Aqui vivem pessoas pacíficas, mas infelizmente vemos que os civis continuam a ser um alvo", revela Sasha.