A União Europeia deverá anunciar ajuda em matéria de energia, educação e combate à pandemia, mas sem avançar no dossier do alargamento.
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Os 27 reúnem-se, esta quarta-feira, na Eslovénia, numa cimeira informal que tem como tema principal uma discussão a sobre alargamento da União Europeia, aos países dos Balcãs Ocidentais
O dossier arrasta-se há vários anos, e teve prestes a avançar, em 2019, caso a França não tivesse contrariado todas as expectativas.
Têm sido reconhecidos avanços, na convergência com os padrões europeus. E, até há poucos meses, a cimeira da Eslovénia era a grande esperança dos países dos Balcãs Ocidentais.
O encontro conta com as presenças dos líderes da Albânia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Macedónia do Norte e Kosovo. Os 27 deverão, por um lado, reafirmar o compromisso em matéria de alargamento da União Europeia, com base em reformas credíveis nos países dos Balcãs candidatos à adesão.
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Serão anunciadas medidas concretas que visam uma aproximação, nomeadamente um pacote de investimentos em matéria de ligações energéticas e apoio para a transição verde, além de ajudas para a recuperação económica pós-pandemia. No total, os montantes ultrapassam os 30 mil milhões de euros.
Será ainda anunciado um novo contributo da União Europeia em matéria de vacinas. Até agora, a União Europeia já doou quase três milhões de doses de vacinas, e até ao final do ano, completará 600 milhões de euros de ajuda, incluindo com apoios às universidades e à fixação de pessoas com formação superior.
Na semana que antecedeu a cimeira, a Presidente da Comissão Europeia deslocou-se à região com promessas de ajuda, alimentando o sonho europeu nos Balcãs. Mas, não será ainda anunciada a abertura do diálogo para o alargamento aos Balcãs ocidentais.
A Bulgária opõe-se à abertura de conversações para a adesão da Albânia e da Macedónia do Norte. França e Países Baixos fazem oposição a um acordo para o levantamento de vistos de viagens para cidadãos oriundos do Kosovo.
Os 27 deverão destacar a importância do bloco europeu manter a sua própria capacidade de desenvolvimento, incluindo a capacidade para acolher novos Estados-Membros, não indo além de um mero reconhecimento dos progressos feitos pelos países dos Balcãs Ocidentais.