Segundo o secretário-geral da ONU, o relatório dos investigadores das Nações Unidas sobre o ataque de agosto na Síria demonstra sem margem para dúvidas o uso de armas químicas.
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O secretário-geral da ONU confirmou que foi utilizado gás sarin durante o ataque nos arredores de Damasco de 21 de agosto classificando este ato de «crime de guerra».
Referindo-se ao relatório dos investigadores da ONU sobre este ataque, Ban Ki-moon não teve dúvidas ao afirmar que «os resultados são esmagadores e irrefutáveis».
«Oitenta e cinco por cento das amostras sanguíneas acusaram positivo para a presença de gás sarin e a maior parte das amostras ambientais confirmaram o uso de sarin», explicou.
Ban Ki-moon adiantou ainda que na «maior parte dos fragmentos de rockets que foram recuperados confirmou-se a presença de sarin».
«As conclusões não deixam margem para dúvidas. Este é um crime de guerra e uma grave violação da norma 1925 e de outras normas da lei internacional», sublinhou.
Para o líder da ONU, «esta é a mais significativa prova da utilização de armas químicas contra civis desde que Saddam Hussein as utilizou em Alabjá em 1988».
Ban Ki-moon aproveitou ainda para pedir ao Conselho de Segurança da ONU para «mostrar liderança e agir de acordo com as suas responsabilidades morais e políticas» ao exigir que sejam apuradas responsabilidades sobre este ataque.
«Perante o uso de armas químicas e qualquer utilização deste tipo de armamento seja por quem for e onde for é um crime», concluiu.
Entretanto, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, considerou que os dados disponíveis permitem responsabilizar o regime do presidente Bashar al-Assad pelo ataque que matou, segundo os EUA, mais de 1400 pessoas.