O secretário-geral da ONU pediu, quarta-feira, coragem à comunidade internacional tendo em vista um compromisso para que a erradicação da Sida seja uma realidade nos próximos dez anos.
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«Há 30 anos, a Sida era aterradora, mortífera e alastrava com rapidez. Hoje temos oportunidade de acabar com essa pandemia de uma vez por todas», afirmou, na abertura de uma reunião de alto nível na ONU sobre Sida, um evento que vai decorrer até sexta-feira.
O secretário-geral das Nações Unidas pediu aos Estados-membros que alcancem um compromisso para «acabar com a Sida nesta década», mas reconheceu que para conseguir este objectivo «é preciso coragem».
Ouvida pela TSF, a presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida entende que sem uma vacina estas palavras de Ban Ki-moon podem não passar de uma nobre intenção.
«Mais do que alertar é preciso continuar a educar e não nos cansarmos nem cruzarmos os braços», disse, frisando que é preciso lembrar que «ainda não há cura nem vacina» para a doença.
«É preciso continuar a fazer chegar a mensagem da prevenção» e «continuar a apostar na educação sexual», reforçou.
Maria Eugenia Saraiva entende que actualmente «assiste-se a uma fadiga da prevenção» sendo mesmo possível que as pessoas «achem que já sabem tudo».
A nível global já recebem tratamento retroviral cerca de seis milhões de pessoas e nos últimos dez anos as infecções de Sida diminuíram vinte por cento.